domingo, 3 de março de 2013

O isolamento, talhou-me á margem da sua imagem e semelhança. Conta-me histórias, eu gosto de as ouvir, gosto de poder desfrutar do prazer que é olhar os teus olhos doces, os teus lábios carnudos que falam de todas as tuas experiências tão de outro mundo. Conta-me histórias, para eu poder ficar a ouvir-te. Ai a tua voz... que saudades.
Estou triste abaixo da consciência, perdi a noção do que é ter-me envolvida nos teus braços enormes, quando já sem luz, estávamos na presença da noite. Eu, tu, a luz da rua, dos candeeiros públicos e som o da barragem do rio. Eu, tu, e o meu coração quase a saltar-me do peito. Eu, tu e a minha alma calma. Eu, tu... nós - uma vez na vida. Sim. Nós fomos nós. E é isso que não esqueço e que também não quero apagar.
Ah, mas o quanto eu desejaria envolver-me de novo nos teus braços, já nem desejo o teu beijo, por mais vital que seja, só quero poder sentir que estás comigo - mesmo sem estar -, preciso de ti.
Escrevo isto tentando satisfazer o meu desejo, mas nada feito...



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