segunda-feira, 4 de março de 2013


Eu gostava de dizer coisas quase impossíveis... "odeio-te", "pára", "tenho que me levantar, vestir e ir embora.", "daqui a dez minutos tenho que ir.", tanto gostava de as dizer como no final acabava sempre por as fazer. Numa atitude de superioridade dava-me um certo gostinho deixar-te a desejar por mais, mas para além de te deixar a desejar, ficava eu na mesma situação... esperava ansiosamente pelo fim-de-semana e foi sendo sempre assim, habituei-me á ideia que te iria ter sempre ali comigo, era quase uma rotina, mas daquelas que não cansam.
Nunca tinha visto, nem sentido algo do género. Não só mudas-te a minha vida, como a minha cabeça também. Aos poucos fui aprendendo a ser contigo, aos poucos aprendi o que realmente queria para mim... Tu deste-me a vida que tanto desejei, mas que ainda não tinha bem definida na minha cabeça. Fomos descobrindo juntos algo que fizesse com que ambos nos sentíssemos em casa, não dava para cansar, falo por mim, porque eu nunca me cansei e sei que não me iria cansar. Era-mos uma espécie de casal fora da lei, era-mos. Não porque eu escolhi assim, mas porque tu escolheste, e sabes tão bem disso quanto eu.



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