quarta-feira, 5 de dezembro de 2012


Não te afastes, acompanha-me por favor. Os meus passos ficam cansados, o meu corpo descai, na minha mente fica uma espécie de vazio que precisa de ti e da tua presença. És o meu irmão mais velho, sabes disso? Considero-te como tal e já uma vez te disse. Tu fazes parte da minha força, do meu bem estar, habituei-me tão bem a ti que me custa agora ver-te a desaparecer aos poucos, como quando escrevia o teu nome num vidro embaciado e ficava á espera até desaparecer. Tornaste-te tão essencial que nem me dei conta, não tive noção do valor enorme que tinhas até ao momento que me agarraste o braço e disseste "Tu és forte, olha para ti...". Não me esqueço da tua cara nem do teu sorriso quando eu dizia as minhas bacuradas. Não me esqueço daqueles 10minutinhos que pude estar contigo em que dizias tantas vezes "tu és uma peça". Gosto tanto de te fazer rir. Quantas vezes já fomos tão prestáveis um com o outro? Tantas coisas que confiei a ti. Preciso de ti, admito, e esta tua ausência não me mata, mas deixa-me a leste. E só eu sei as vezes em que ouço as tuas músicas só para poder preencher o vazio da tua presença com o calor da tua voz.

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