quinta-feira, 6 de dezembro de 2012


Eu mudei a tua vida... talvez apareci cedo de mais, somos quase irmãs... 
Nunca desistis-te, és tão frágil  tão fraca, mas tens te mostrado tão forte. Ao longo da minha existência perdi a conta das vezes que a avó me disse "Tens que ajudar a tua mãe.", nunca liguei muito, e em vez de te ajudar dava-te mais problemas, desiludia-te, tratava-te mal... Hoje arrependo-me de muita coisa que disse, de muita coisa que fiz, hoje arrependo-me de te ter dito "És quase da minha idade, achas que sabes dar-me educação? Tu não sabes ser mãe.". O quanto eu agora imagino em como palavras como essas foram facadas dadas nas tuas costas, o quanto eu penso a merda que fui contigo quando por ódio rasgava as tuas fotos de quando namoravas com o pai. Relação de merda que tinha-mos, tem que ser dito.
Quantas vezes entravas no meu quarto, vias-me a chorar e ias-te embora e eu só pensava "Ela é um monstro.", o que não sabia é que viravas costas e ias chorar também, ias chorar por mim, com a esperança de que a minha dor aliviasse. E talvez foi por esta pouca diferença de idades que houve sempre aquele receio de deixares um bocadinho de ser mãe para seres amiga, ou então as duas coisas ao mesmo tempo...
Pensavam e ainda pensam me conhecer mas não sabem que a minha vida, em conjunto com a tua, se desmoronou... agora agradeço-te a ti por aos poucos me ires ajudando a por tudo no sitio pois tu és a pessoa que melhor me conhece. Agradeço de coração termos passado por tudo que passamos e estarmos como agora estamos. 
Não irei dizer o vulgar "amo-te", mas troco-o por um "guardo-te", guardo-te na minha mente e no meu coração até ao fim da minha existência.

1 comentário:

  1. Digo e repito o quanto é bom olhar para tras e ver o que passamos para ver o que somos. E com tudo não podia ser melhor "guardo-te" e um "espero ser tão forte quanto tu". Adorei ju!

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